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A história de Itajubá tem início muito antes da fundação da cidade atual, remontando aos primeiros exploradores e habitantes da região Sul de Minas Gerais. Localizada no sul do Estado de Minas Gerais, a área que hoje compreende o município de Itajubá está inserida em um contexto geográfico e histórico marcado pela Serra da Mantiqueira e pela exploração territorial iniciada nos séculos XVII a XIX. == Geografia da Região == {{Main|Geografia da Região}} Itajubá possui uma área total de 290,45 Km², com 219,75 Km² de área rural e 70,70 Km² de área urbana. A sede da cidade está a uma altitude média de 842m e a topografia é predominantemente '''ondulada-montanhosa (78%)''', com apenas 10% de território plano. A cidade está situada às margens do [[Rio Sapucaí]], um rio de grande relevância para o seu progresso e cultura, que divide a cidade ao meio. O nome Sapucaí, de origem indígena, significa "rio que canta". O município está estrategicamente posicionado no Sul de Minas, próximo a importantes centros urbanos da região Sudeste. Limita-se ao norte com São José do Alegre e Maria da Fé, ao sudeste com Wenceslau Brás, ao sudoeste com Piranguçu, a oeste com Piranguinho e a leste com Delfim Moreira. A região é abençoada pela fertilidade do solo, especialmente nos vales. A formação geológica do solo itajubense, parte de um complexo cristalino do período arqueano, é considerada jovem em comparação com outras partes do mundo. == Primeiros Habitantes == {{Main|Primeiros Habitantes}} A ocupação humana na região de Itajubá remonta a tempos anteriores à chegada dos civilizados, com vestígios de civilizações remotas e a presença de diversas tribos indígenas. A última tribo indígena a habitar as terras que hoje compõem o município de Itajubá foi a dos [[Puri-Coroados]]. Este grupo étnico originou-se da mistura das tribos Puri e Coroados. Embora relatos antigos como os de [[Bernardo Saturnino da Veiga]] e [[Pedro Bernardo Guimarães]] mencionem indígenas principalmente em relação à origem do nome da localidade, autores posteriores como [[Armelim Guimarães]] descrevem aspectos culturais dos Puri-Coroados, notando que eles eram mansos e não belicosos, utilizando armas apenas para caça ou defesa. Vestígios arqueológicos, como machados de pedra e urnas funerárias de barro cozido (igaçabas ou camotins), sugerem a presença de tribos anteriores aos Puri-Coroados, que não conheciam a cerâmica. A presença indígena persistiu na região, com famílias de "aborígines civilizados" ainda notadas no bairro da Rosetinha no final do século XIX. Topônimos como Itajubá, Jerivá, Juru, Anhumas, Sapucaí, Piranguçu e Capetinga são vestígios da língua indígena na região. O primeiro civilizado a percorrer as terras onde hoje está Itajubá foi Antônio de Oliveira Lopes, conhecido como "[[Fraca-Roupa]]". Ele atuou como "piloto" (topógrafo) no final do século XVIII para levantar o mapa da região e dividi-la em sesmarias. Antônio de Oliveira Lopes, de nacionalidade portuguesa, residia na primitiva Itajubá (Delfim Moreira). Ele é considerado um dos inconfidentes e figura na história pátria. As terras que ele demarcou deram origem às primeiras fazendas na Boa Vista do Sapucaí. Além dos indígenas, a presença de africanos na região antecede a fundação da cidade atual, com a existência do Quilombo da Berta nos séculos XVIII e XIX. Este quilombo, localizado no sul do município, abrigava escravos fugidos. == A Itajubá Primitiva (Delfim Moreira) == {{Main|A Itajubá Primitiva (Delfim Moreira)}} O núcleo inicial da atual cidade de Itajubá foi o povoado de Nossa Senhora da Soledade de Itagybá, fundado em 1703 pelo bandeirante paulista Miguel Garcia Velho. Este povoado, que era a primitiva Itajubá, localizava-se no alto da Serra da Mantiqueira e é hoje a cidade e município de Delfim Moreira. O garimpo nas minas de Itagybá, descoberto por Miguel Garcia Velho, foi efêmero, e os habitantes que permaneceram dedicaram-se à agricultura e pecuária. Devido à decadência das atividades auríferas e à localização desfavorável, o povoado não prosperou. Com o tempo, o povoado de Nossa Senhora da Soledade passou a ser popularmente conhecido como Itajubá Velho, em oposição à "Capela Nova da Boa Vista do Sapucaí" (a nova Itajubá). == Etimologia de Itajubá == {{Main|Etimologia de Itajubá}} O nome "Itajubá" tem origem na língua tupi e está associado à Cachoeira de Itagybá, localizada próximo a Delfim Moreira. Itagybá, a forma primitiva do nome, significa "água que, do alto, cai sobre a pedra", ou seja, cachoeira ou cascata. Nos documentos antigos da primeira metade do século XVIII, a forma original Itagybá com "GY" é frequentemente encontrada. Por corruptela, uma alteração de pronúncia, especialmente comum entre os portugueses da região, o nome evoluiu para Itajubá com "JU". Houve uma confusão persistente, até mesmo em alguns relatos históricos, que associava o nome Itajubá ao significado de "pedra amarela". Essa versão, divulgada por autores como [[Bernardo Saturnino da Veiga]] e [[Pedro Bernardo Guimarães]], é considerada um engano, pois a etimologia correta e a ausência de "pedra amarela" significativa na região não suportam essa interpretação. Historiadores como [[Geraldino Campista]] e [[Armelim Guimarães]] esclareceram a etimologia correta ligada à cachoeira. == Padre Lourenço da Costa Moreira == [[Padre Lourenço da Costa Moreira]] foi uma figura central na fundação da atual Itajubá. Ele foi nomeado vigário da Freguesia de Nossa Senhora da Soledade de Itajubá (Delfim Moreira). Percebendo que a localização da antiga sede paroquial não era favorável ao desenvolvimento, decidiu buscar um novo local. Padre Lourenço, descrito como um homem quieto, mas enérgico, corajoso e por vezes ríspido, mas complacente com os humildes, convidou seus paroquianos a segui-lo em busca de uma nova sede. Ele liderou uma caravana, partindo da antiga sede em 18 de março de 1819. Sua decisão de abandonar a antiga paróquia gerou conflitos com os moradores de Soledade. Apesar da oposição, Padre Lourenço é reconhecido por sua visão de progresso e por ter sido o "Padre Fundador" da nova Itajubá. Ele viveu em Itajubá até sua morte, em 14 de junho de 1855. == Fundação da Nova Itajubá == {{Main|Fundação da Nova Itajubá}} A fundação da atual cidade de Itajubá ocorreu em '''19 de março de 1819'''. Liderados por [[Padre Lourenço da Costa Moreira]], a caravana chegou ao alto do Morro Ibitira (onde hoje se encontra a Matriz de Nossa Senhora da Soledade). Padre Lourenço considerou o local excelente para a fundação do novo povoado e sede da freguesia. Um altar foi construído e a primeira missa foi celebrada ali. Inicialmente, o povoado foi denominado Povoado de Boa Vista ou Boa Vista do Sapucaí. A data de 19 de março de 1819 marca o início do arraial que se tornaria a próspera cidade de Itajubá. A elevação a vila, com o nome de Boa Vista de Itajubá, ocorreu em 27 de setembro de 1848. A instalação da Vila e da [[Câmara Municipal]] se deu em 21 de junho de 1849. A promoção à categoria de cidade aconteceu em 4 de outubro de 1862, pela Lei n.º 1.149. É importante notar que a fundação (1819), a emancipação política como vila (1848) e a elevação à cidade (1862) são datas distintas na história de Itajubá. == Quilombo da Berta == {{Main|Quilombo da Berta}} Anterior à fundação da nova Itajubá, existiu o [[Quilombo da Berta]] (ou Aberta). Localizado em um bairro do sul do atual município, próximo à Pedra Vermelha e ao Ribeirão das Anhumas, o Quilombo da Berta serviu de refúgio para escravos fugidos de senzalas do Sul de Minas e do norte de São Paulo nos séculos XVIII e XIX. Os quilombolas saíam em bandos para assaltar tropas e viajantes na Mantiqueira. A tradição associa a descoberta da imagem de Nossa Senhora dos Remédios a uma carga roubada pelos escravos deste quilombo, que a levaram para a Berta e depois para as Anhumas. O arraial das Anhumas, formado por casebres, já existia em 1810, possivelmente iniciado por escravos fugidos do Quilombo da Berta no século XVIII. == A Vida no Arraial Nascente == {{Main|A Vida no Arraial Nascente}} O povoado da Boa Vista do Sapucaí, fundado em 1819, começou a se desenvolver rapidamente. Logo nos primeiros anos, a Municipalidade providenciou a construção de um pequeno cemitério e a abertura de ruas, como a Rua do Porto (atual Rua Xavier Lisboa), que ligava o ancoradouro no Rio Sapucaí (Porto Velho) à capela. Padre Lourenço teve um papel ativo na organização da vida no arraial, demarcando locais para residências e estabelecimentos, e até mesmo resolvendo conflitos. O arraial cresceu em população e urbanização, atraindo novos habitantes e se enriquecendo com elementos sociais que contribuiriam para as tradições locais. A prosperidade inicial surpreendeu visitantes. O comércio começou a se desenvolver, com casas comerciais e armazéns. Contudo, o arraial também enfrentou desafios, como a falta de saneamento básico, a presença de charcos e brejos (como o da Biquinha), e problemas com o abastecimento de água potável. A iluminação pública inicial era feita com lampiões a querosene. A vida no arraial foi moldada tanto pelo rápido crescimento e desenvolvimento impulsionados pelos seus habitantes quanto pelos conflitos com a antiga sede paroquial em Delfim Moreira.
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