Economia e Indústria
A Economia Agrícola nos Primórdios[editar]
Nos primeiros anos após sua fundação em 1819, a economia de Itajubá era predominantemente agrícola. As terras férteis às margens do Rio Sapucaí permitiam o cultivo de alimentos básicos e produtos de subsistência, como milho, feijão, arroz, algodão e cana-de-açúcar.
Além da agricultura, a criação de gado também ganhou importância, tanto para o abastecimento interno quanto para o comércio com outras regiões. Essa base agrícola sólida foi fundamental para o crescimento inicial da cidade e para sua consolidação como vila em 1848.
As Primeiras Indústrias[editar]
Com o passar das décadas, especialmente no final do século XIX e início do século XX, Itajubá começou a se industrializar. Entre as primeiras iniciativas destacam-se:
- Fábrica de Tecidos Codorna – Fundada em 1907, foi uma das primeiras indústrias têxteis da cidade, contribuindo para a geração de empregos e o desenvolvimento econômico.
- Fábrica de Chapéus São José – Iniciada no começo do século XX, consolidou Itajubá como um centro importante de produção de chapéus no estado.
Essas indústrias marcaram a diversificação da economia local, que deixava de ser exclusivamente agrícola para incorporar atividades fabris.
A Chegada da Energia e da Ferrovia[editar]
Dois fatores foram fundamentais para a expansão econômica de Itajubá:
- Em 1880, a chegada da Estrada de Ferro Cruzeiro–Itajubá possibilitou a ligação da cidade com grandes centros consumidores, como Cruzeiro (SP) e o Rio de Janeiro.
- Em 1907, Itajubá passou a contar com energia elétrica, o que impulsionou novas atividades industriais e melhorou as condições urbanas.
Esses avanços favoreceram a instalação de novas empresas e consolidaram a cidade como um polo emergente no sul de Minas Gerais.
A Fábrica de Armas e a Industrialização Moderna[editar]
A década de 1930 foi um divisor de águas para a economia de Itajubá. Em 1934, foi criada a Fábrica de Itajubá, inicialmente voltada para a produção de armamentos, e mais tarde incorporada à IMBEL (Indústria de Material Bélico do Brasil).
Essa indústria trouxe uma nova dinâmica para a cidade:
- Atraiu mão de obra qualificada.
- Impulsionou a formação de técnicos e engenheiros.
- Estimou o comércio local e o surgimento de novos bairros.
A presença da IMBEL consolidou Itajubá como um polo estratégico para a defesa nacional e para o desenvolvimento tecnológico.
Diversificação Econômica no Século XX[editar]
A partir da segunda metade do século XX, Itajubá passou por uma forte diversificação econômica:
- O setor de educação superior, com a criação da Escola de Engenharia de Itajubá (EFEI) em 1913 (atual UNIFEI), estimulou a formação de capital humano e o surgimento de empresas de base tecnológica.
- O comércio local se expandiu, atendendo não apenas Itajubá, mas também cidades vizinhas.
- Empresas de setores como metalurgia, eletrônica e aeronáutica começaram a se instalar, atraídas pela mão de obra especializada.
Entre os destaques recentes está a instalação da Helibrás (Helicópteros do Brasil S.A.), uma das maiores fabricantes de helicópteros da América Latina.
Itajubá Hoje[editar]
Atualmente, Itajubá é reconhecida como um polo de tecnologia, educação e indústria de ponta. A cidade combina tradição e inovação, mantendo sua vocação agrícola no entorno rural, mas com forte presença industrial e de serviços urbanos.
Sua economia é diversificada, baseada em:
- Indústria de defesa e armamentos.
- Indústria aeronáutica.
- Tecnologia da informação e engenharia.
- Agricultura de café, hortifrutigranjeiros e criação de gado.
Fontes para esta página[editar]
- História de Itajubá (1987) – Armelim Guimarães
- Efemérides Itajubenses (1972 e 1988) – Armelim Guimarães
- Resumo Didático da História de Itajubá (2000) – Armelim Guimarães