Fundação e Formação Inicial: mudanças entre as edições
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#REDIRECIONAMENTO [[Fundação da Nova Itajubá]] |
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== A Fundação de Itajubá == |
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A história da cidade de Itajubá teve início oficialmente em 19 de março de 1819, quando um grupo liderado pelo Padre Lourenço da Costa Moreira deixou o antigo arraial da Soledade de Itajubá (atual Delfim Moreira) em busca de terras mais férteis e promissoras. Segundo a tradição, oitenta famílias teriam acompanhado o padre nesta travessia, descendo o rio Santo Antônio até encontrarem uma planície às margens do rio Sapucaí, local que foi batizado de Boa Vista. |
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No novo local, Padre Lourenço construiu uma pequena capela de pau-a-pique dedicada a São José, onde celebrou a primeira missa em agradecimento pela chegada. A partir daí, iniciou-se a formação do novo núcleo urbano, com divisão dos terrenos entre os moradores e arruamento do povoado. Este evento é considerado o marco fundador da cidade de Itajubá. |
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== O Contexto da Fundação == |
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Na época, o sul de Minas vivia o declínio da mineração e muitos povoados enfrentavam crises econômicas. A região de Boa Vista, com terras adequadas para agricultura e criação de gado, apresentava melhores condições para o desenvolvimento. A fundação de Itajubá se insere nesse contexto de busca por alternativas econômicas viáveis e expansão territorial do Brasil no início do século XIX. |
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A consolidação do novo arraial foi gradual: a paróquia foi oficialmente reconhecida apenas em 1832 e a elevação à categoria de vila ocorreu em 1848. Durante esse período, houve disputas e tensões entre o novo núcleo e os moradores da antiga Soledade, especialmente em relação à posse de paramentos religiosos e a transferência da sede paroquial. |
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== Controvérsia Histórica: A Grande Marcha e a Construção do Mito == |
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Pesquisas mais recentes indicam que a narrativa tradicional pode ter sido construída estrategicamente.<ref>[https://nephismg.wordpress.com/2007/02/23/fontes-da-historia-de-itajuba/ Entrevista com professora Felícia Eugênia de Abreu Couto, NEPHIS]</ref> |
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Pesquisas mais recentes, como as da professora Felícia Eugênia de Abreu Couto​:contentReference[oaicite:1]{index=1}, mostram que a narrativa tradicional sobre a fundação de Itajubá, baseada nos registros do Padre Lourenço, deve ser analisada com cautela. |
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O documento que relata a "grande marcha" das oitenta famílias só foi redigido décadas depois, nos anos 1850, em um contexto em que era necessário legitimar a posse das terras diante da nova Lei de Terras (1850). Padre Lourenço, ao registrar a fundação da cidade no Livro de Óbitos de Escravos, procurava reforçar os direitos dos moradores da então recém-criada vila. |
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Há indícios de que o número de famílias era exagerado e que muitos dos episódios narrados foram romantizados. Além disso, as disputas entre Padre Lourenço e antigos posseiros, bem como sua relação com sesmeiros locais, indicam que a transferência da sede paroquial foi um processo complexo e cheio de conflitos — e não apenas um movimento harmonioso como muitas vezes é apresentado. |
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== Fontes para esta página == |
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* ''História de Itajubá'' (1987) – Armelim Guimarães |
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* ''Resumo Didático da História de Itajubá'' (2000) – Armelim Guimarães |
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* [https://nephismg.wordpress.com/2007/02/23/fontes-da-historia-de-itajuba/ Entrevista com professora Felícia Eugênia de Abreu Couto (NEPHIS)] |
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Edição atual tal como às 21h58min de 24 de abril de 2025
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