D. Amélia Braga

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Amélia Braga, foto de 1904

Amélia Cândida Vianna Braga foi uma figura notável e influente na história de Itajubá, Minas Gerais, reconhecida como uma grande benemérita e empreendedora. Era uma capitalista e destacada propulsora do progresso da cidade.

Biografia e Vida Pessoal[editar]

D. Amélia Cândida Vianna Braga era casada com Miguel Carlos da Silva Braga. Após enviuvar em 1903, ela herdou uma grande riqueza deixada por seu marido. Com suas largas posses, ela empregou seu dinheiro em realizações industriais e diversos outros empreendimentos em benefício da grandeza de Itajubá. Sua residência, um "palacete" na antiga Praça Theodomiro Santiago (hoje Praça Cesário Alvim), era notável, destacando-se "num tom aristocrático e fidalgo".

Ela faleceu em 12 de agosto de 1925. Sua morte coincidiu com a da Madre Maria Raphael, fundadora e introdutora das Irmãs da Providência de Gap no Brasil e em Itajubá, a quem D. Amélia deu acolhida e proteção na cidade.

Filantropia e Benemerências[editar]

D. Amélia Braga dedicou parte de sua riqueza a obras filantrópicas e prestou uma soma incalculável de notáveis serviços a Itajubá.

  • Acolhida às Irmãs da Providência: Em 6 de junho de 1907, ao chegarem a Itajubá vindas de Carmo do Rio Claro, as primeiras Irmãs da Providência, chefiadas pela Madre Maria Raphael, foram acolhidas por D. Amélia Braga. Ela providenciou diligentemente para que as Irmãs fossem bem recebidas e acomodadas. Cedeu-lhes um grande prédio de sua propriedade na esquina das atuais Ruas Cel. Rennó e Santos Pereira para que pudessem iniciar provisoriamente o Instituto para Surdas e Mudas e a Escola Normal Sagrado Coração de Jesus. As Irmãs a consideravam sua protetora em Itajubá.
  • Apoio à Santa Casa de Misericórdia: A Santa Casa de Misericórdia foi instalada em um prédio na Praça Dona Amélia Braga. Embora o prédio tenha sido adquirido com recursos legados pelo Dr. Domiciano da Costa Moreira e completados por outros beneméritos, sendo comprado do Dr. Aureliano Moreira Magalhães, D. Amélia doou um relógio à Santa Casa, demonstrando seu apoio à instituição que se localizava na praça nomeada em sua homenagem. Ela é listada como uma grande benemérita.
  • Terreno para o Bijou-Salon: D. Amélia Braga adquiriu da Paróquia o terreno anteriormente destinado à Capela do Senhor dos Passos, localizado em frente à Praça Cesário Alvim. Neste terreno, foi edificado o prédio onde o espanhol José Martins Garcia instalou o seu Cinema Bijou-Salon, reconhecido como a primeira casa de cinema construída com essa finalidade em Itajubá.

Envolvimento Cívico e Social[editar]

D. Amélia Braga participava ativamente da vida social e cívica da cidade.

  • Em 1889, ela foi a Presidente da comissão diretora que acolheu o Bispo D. Lino Deodato de Carvalho durante sua visita a Itajubá.
  • Pouco antes de falecer em 1925, D. Amélia havia idealizado a instalação de bondes elétricos em Itajubá, um melhoramento progressista que não se concretizou.
  • A Sociedade Beneficente Itajubense, que deu origem aos serviços iniciais da Santa Casa de Misericórdia, funcionou em um prédio na Praça D. Amélia Braga.

Legado[editar]

Em reconhecimento à sua importância e contribuições para a cidade, a Praça Dona Amélia Braga foi nomeada em sua homenagem. Esta praça tem grande relevância histórica, sendo o local da mais antiga representação teatral conhecida em Itajubá, abrigando edifícios importantes como o antigo Fórum (onde hoje está a Câmara Municipal), e onde se instalaram instituições como a Santa Casa de Misericórdia e a Sociedade Beneficente Itajubense.

D. Amélia Braga é lembrada como uma figura fundamental no desenvolvimento social e cultural de Itajubá, sendo protetora de instituições religiosas e educacionais, apoiadora de projetos de saúde, e facilitadora do surgimento do primeiro cinema dedicado na cidade.